O Boto amigo

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No sul de Santa Catarina, uma parceria entre os pescadores e botos chama a atenção de cientistas e estudiosos do mundo todo. A interação é estudada pelo professor da Universidade Federal de Santa Catarina, Paulo César Simões-Lopes e também pelo professor da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Fábio Gonçalves Daura-Jorge.

Conforme os professores, os botos agrupam as presas através de movimentos circulares. Depois, empurram os peixes contra os pescadores e, por fim, os botos executam um movimento acima da superfície, que serve de sinal para os pescadores.
Este comportamento é o gatilho para o lançamento das tarrafas, que são lançadas simultaneamente, cobrindo o espaço entre os botos e os pescadores.

“É um pulo mais agressivo, aí a gente entende aquele movimento do boto e sabe que tem peixe. Aqui, o boto é nosso amigo”, relata o pescador Severiano Delgado.
O cardume é desfeito assim que a tarrafa atinge a água. Os peixes fogem para várias direções.

Para os botos, o benefício é a desorganização do cardume após a tarrafa ser lançada. Durante a pesca, alguns peixes são apanhados pelas redes e outra pelos botos, o que justifica a vantagem da interação com os pescadores. Já para os pescadores, a vantagem é a localização dos peixes em águas pouco transparentes.

Lapesca
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