Temos visto nos últimos tempos o surgimento de muitos textos comparando o Salmão selvagem com o Salmão de criação, que apontam supostos malefícios à saúde trazidos por essa forma de criação. Porem o que realmente é verdade nisso tudo? Quais as reais diferenças entre eles? Nesse post vamos buscar trazer informações coesas e comprovadas para que você, leitor, chegue à sua própria conclusão.
Aquicultura
Primeiramente gostaríamos de esclarecer que peixe de aquicultura, não é pior e nem inferior ao peixe de pesca predatória.
Produtos oriundos de maus criadouros podem oferecer alguns riscos (se não forem bem manejados), podem ter qualidade nutricional diferente, ocasionados por um processo de criação ruim, assim como pode ocorrer o mesmo com frutas, verduras, bovinos e outras formas de produção de alimento.
Já os produtores sérios possuem muitos controles sobre a questão da qualidade da água e sanidade do pescado, esses produtores seguem padrões nacionais e internacionais de cultivo, para evitar problemas à produção e à saúde dos humanos que irão consumir esse peixe.
Salmão chileno
O salmão não é um peixe cultivado e nem pescado no Brasil, praticamente todo o salmão encontrado nos supermercados e peixarias no Brasil é importado do Chile, mais de 98% do salmão consumido no nosso país. Ele se popularizou muito no Brasil e em outros países por ser nutritivo, sem espinha e de sabor agradável. Além disso, aqui no Brasil houve uma boa aceitação da culinária japonesa no país, o que fez o peixe cair no gosto do brasileiro e inseri-lo em sua dieta.
No Chile, não existe salmão selvagem(nativo), mas são criadas duas espécies: o salmão do Atlântico, ou salar, e o salmão do Pacífico, ou coho. Além da truta arco-íris, da mesma família dos salmões.
Diferenças entre Salmão de criação e Salmão selvagem
O salmão de criação e o salmão selvagem podem ter diferenças sensoriais, nutricionais e de preço. A diferença de preço se dá, pois antigamente o salmão selvagem era abundante e podia ser pescado sem grandes problemas. Entretanto, a intervenção do homem no meio ambiente, como sobre a pesca, o aquecimento global, a poluição e a erosão de seu habitat natural, provocaram uma sensível queda nos estoques de salmão selvagem. Embora ainda existam quantidades sustentáveis de salmão selvagem no Alasca, os estoques de salmão selvagem inglês e irlandês estão ameaçados de extinção. Por isso, a criação de salmão iniciada na década de 1980, mais conhecida como aquicultura, atualmente em franca expansão na costa da Escócia, na Noruega e, em especial, no Chile, fez com que o salmão de criação passasse a ser o tipo mais comumente encontrado nos supermercados e com um preço mais acessível.
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Veja na tabela abaixo as diferenças nutricionais entre os dois tipos de salmão:
Para a nutricionista Fabiane Alheira, colaboradora do Conselho Regional de Nutricionistas 4ª Região (CRN-4), é perigoso dizer que o salmão criado em piscicultura faz mal ou não à saúde, pois faltam dados científicos que permitam tal afirmação. De acordo com ela, o fato de os peixes adquirirem coloração rosada pela ingestão de pigmentos sintéticos não é motivo para alarme. O fato de ser sintético não significa que é ruim, assim como nem tudo que é natural é bom — ressalta Fabiane.
Alimentação do Salmão de criação
A ração tem vários ingredientes, entre eles, está um pigmento. É ele que dá cor à carne do salmão. Felipe Manterola, gerente geral da SalmonChile, a associação que reúne 17 indústrias, responsáveis por 85% da produção de Salmão do Chile, explica. “A cor do salmão selvagem é alaranjada porque ele come crustáceos na natureza. No cultivo, a alimentação recebe um pigmento chamado astaxantina. É seguro, não muda nada no produto. É um carotenóide similar ao que existe no tomate, na cenoura e nos camarões”.
Além do pigmento, outra polêmica é que a ração usa muita farinha e óleo de peixes silvestres. Ou seja, a produção de salmão estaria usando recursos naturais em demasia. “Antigamente o principal insumo do alimento era a farinha e óleo de peixe, mas hoje só 15% a 20% vêm de recursos naturais”, diz Felipe Manterola.
Segundo o veterinário Sérgio Carmona, presidente da Comissão Científica do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Rio de Janeiro (CRMV-RJ), muita da confusão em torno do salmão tem origem num caso de parasitose no peixe vindo do Chile, entre 2004 e 2005. Na ocasião, algumas pessoas que comeram o peixe contaminado cru adoeceram e as importações foram suspensas. Porém, essa situação foi solucionada e sabe-se que a indústria chilena toma todos os cuidados necessários para evitar o surgimento de qualquer outra doença no peixe, uma vez que a sua indústria hoje é focada e sobrevive nessa espécie.
Ou seja, é importante que sejamos críticos quanto à origem, fornecedor, manipulação e conservação do pescado. Devemos conhecer o estabelecimento onde compramos os nossos alimentos, cobrar a seriedade do trabalho do governo e empresas importadoras. O trabalho sendo feito de forma série não ocasionará nenhum problema e nenhum risco ao consumidor, assim como já ocorre com outras cadeias de proteína animal. É importante sempre buscarmos diferentes fontes de informações confiáveis, infelizmente como em todo ramo profissional existem bons e maus profissionais, por isso devemos ficar atentos, e acima de tudo, sermos coerentes em nossas decisões.
Como comprar salmão
Na Lapesca você irá encontrar o Salmão em diferentes cortes, filé porcionado para o seu dia a dia, com pele ou sem pele, filé inteiro para o seu salmão assado de final de semana e salmão defumado fatiado para uma deliciosa salada.
Fontes:
http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2015/05/entenda-como-funciona-o-cultivo-do-salmao.html
http://portaldopescado.blogspot.com.br/2015/03/sera-mesmo-que-o-salmao-e-uma-farsa.html
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